quinta-feira, 24 de março de 2011

“Noite sem fim.”

Em pé, sob apenas a luz do luar, eles se amavam.
Suas mãos deslizavam sobre o seu corpo, como se naquele momento ele fosse o artista e ela a tela.
Ela podia sentir as batidas de seu coração, e um filme passava em sua mente.
Como aquele momento havia sido esperado e sonhado por ela
E agora ali parada, em estado de transe, ela implorava por não ser despertada
Ao som de uma música leve eles arriscavam balanços soltos, desapegados e desinibidos.
Ele sussurrava em seu ouvido o quanto a amava.
E naquele instante eles pertenciam um ao outro.
Lágrimas rolavam do rosto dela, o quanto ela havia sofrido, quantas noites ela havia passado apenas na companhia de seus soluços de desespero
E agora ali estava ele em pé a sua frente, com os braços envoltos em seu corpo
Sim, o tempo poderia ter parado naqueles momentos.
Mas não parou.
E hoje novamente ela chora, mas de um jeito diferente.
O que outrora era desespero e egoísmo se tornara lágrimas de confiança em um amor que nem mesmo a distância será capaz de enfraquecer.

Jéssica Miriele Machado
16 de Março, 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

"Verdade inventada"


Quantos dias faltam mesmo?
Nos últimos dias minha contagem regressiva foi brutalmente sucumbida pela incerteza do reencontro.
Não sei mais ao certo qual irá ser o dia e a hora em que meus olhos encontrará os seus e em que meu coração encontrará o seu dono.
Busco encontrar a paz que eu tanto desejo, mas a verdade é que exatamente a dois dias do início do carnaval, me sinto como uma bolha flutuante.
Sempre fui ansiosa, mas nunca tanto quanto hoje. De minhas mãos escorrem o suor gélido que é gerado em minhas entranhas, meu coração bate descompassado.
Ah por favor, invada minha noite – esse e o meu desejo.
Diga que você está a caminho, e que tudo foram apenas boatos – Eu te imploro!
Mas por favor, não diga que tudo é verdade, minta pra mim se for preciso, mas não destrua a minha verdade inventada.
Jéssica Miriele Machado
2011, 02 de Março