sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

“Desespero” ( nos embalos da Katy Perry)

Você já se sentiu enterrado
Gritando sob seis palmos
Mas ninguém parece ouvir nada?
Você já se sentiu como um saco plástico voando ao vento sem direção?
Você já gritou, implorou, esperou por um pouco de atenção e ninguém te deu?
Você já esperou um dia inteiro pra ouvir a minha voz e se frustrou porque as coisas nunca acontecem como você espera?
Você já se sentiu perdido sem saber o caminho de volta pra casa?
Você já sentiu vontade de sumir, de chorar, de bater no rosto de alguém?
Você já se sentiu seu coração se contrair e quase parar de tanta dor, de tanta raiva?
Você já se sentiu tão vitima do destino ao ponto de querer abrir mão de tudo?
Pois eu me sinto assim, a cada vez que eu penso em você o dia inteiro e espero você me ligar e simplesmente seu celular está sem bateria, me sinto assim todo vez que meu coração está tão cheio de coisas pra te contar, me sinto assim quando te procuro pra dividir minhas tristezas, minhas alegrias e não o acho.
Me sinto traída, injustiçada por mais egoísta e incompreensível que isso posso soar
Me sinto assim, a cada vez que espero o telefone tocar novamente após você desligar por algum motivo, me sinto assim toda vez que espero que você mova o mundo, pare o sol , faça o impossível pra poder ficar um pouquinho mais perto de mim , mas a verdade é que eu espero demais.
Você não é nenhum Super - homem ou algo parecido, você só é um ser humano com qualidades e defeitos, sujeito a errar ou acertar.
E Eu estou fora de mim mesma novamente;
Você já esteve tão perdido?
Conhecia o caminho e mesmo assim se perdeu..?
Eu não consigo achar o caminho, pois ele se foi.
Existe uma luz no fim da estrada
Eu estou empurrando todos por aí
Porque eu não posso mais sentir isto.
Eu deixo o gás ligado
Ando por becos no escuro
Durmo com velas acesas
Eu deixo a porta destrancada
Eu estou tecendo uma corda e
Ultrapassando todas as luzes vermelhas
Eu chamei a sua atenção?
 
Jéssica Miriele Machado
2011, 29 de janeiro



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

“ Pra você”

Como escrever sobre tudo que sinto por ti?
Faltam-me palavras.
As noites parecem não ter mais fim, busco na imensidão do céu algo que te traga mais pra perto de mim.
Busco na memória recordar-me o gosto do teu beijo, às vezes faltam-me imagens pra ilustrar os momentos em que minha boca encostava-se na sua.
Ah, momentos únicos, nos quais eu podia simplesmente mergulhar em um infinito mar de prazer.
Olhe para o céu!
Sinta a brisa te tocar, sou eu que estou a te amar!
Olhe para o mar!
Sinta a onda te levar, sou eu que estou a te esperar!
Meu amor venha logo me beijar!
O que tem aqui, bem dentro de mim nem a distância irá apagar.
Sentimento teimoso este que insiste em te chamar e pelas ruas te procurar.
Sei que dormindo agora estás, mas saiba que em ti estou a pensar,
 Em cada momento que contigo passei e em tudo que virá 
 Só me resta então dizer, que nosso amor jamais morrerá!


Jéssica Miriele Machado

2011, 25 de janeiro

“A Espera”

Havia chegado o dia pelo qual havia esperado ansiosamente durante aquelas 2 semanas que haviam se passado. Sabia Que naquele mesmo dia meu amado seria liberado e então ouviria o soar de sua voz novamente em meus ouvidos.
No decorrer da manhã acompanhava com os olhos e com o coração cada mover dos ponteiros do relógio da cozinha, aguardando que chegasse o momento em que ele iria irromper o meu dia com aquela doce voz que quase que sumia de meu imaginário.
Ao acompanhar o ir e vir dos ponteiros, idealiza o momento em que o telefone iria tocar e em tudo o que  eu iria declamar em versos simples porém verdadeiros para o homem que havia não só roubado o meu coração mas como todo o meu ser.
Começava a entardecer e o telefone continuava mudo e com o chegar da noite chegava também o desespero da incerteza.
O que ele estaria fazendo, que ainda não havia me ligado? Será que ele havia me esquecido? Estes questionamentos invadiam-me assim como a escuridão e a lua invadira o céu que outrora era anil.
Completamente dilacerada, busquei abrigo em suas fotos e recordações que haviam ficado, quase que hipnotizada devaneava em conversas antigas registradas no MSN
Em meio a devaneios pela internet, algo me chamou a atenção em minha página pessoal, em alguns segundos meus devaneios haviam de tornado pesadelos e os sorrisos arrancados a força por fotos e conversas passadas haviam sido transformados em lagrima e raiva.
Sabia que ele estava ali, conectado em algum lugar, e como que um tique nervoso atualizava minha página consecutivamente na expectativa de encontrar algum sinal de meu amado. Aquela altura dar algum sinal de vida já era considerado por mim mais do que sua obrigação.
Depois de alguns minutos de espera, deparei-me com a terrível conclusão de que mesmo conectado ele não havia me procurado. Um nó então se formou em minha garganta, as lagrimas rolavam por conta própria e inundavam a minha face. Já não era mais a tristeza de sua ausência que atormentava-me, mas sim a raiva por não ter sido lembrada.
Agora mais do que nunca me sentia perdida, à deriva no mar, sentia que a qualquer instante eu iria afundar e não haveria ninguém para me socorrer, pois a pessoa que eu mais amava havia pulado do barco e me deixado só.  
Em meio a todos esses tormentos e sem poder esclarecê-los, deitei-me como que em fuga de tudo que me atormentava. Estava decidida a resolver aquela história no dia seguinte, e assim o dia que eu mais havia esperado durante aquelas últimas semanas havia se tornado algo que eu queria arrancar de minha memória
Será que ele ainda pensava em mim? Ou será que ele estava encantado com toda a liberdade que havia adquirido? Será que ainda sobraria tempo para mim?
E em meio a todos os questionamentos quem eu tinha em mente sobre ele, uma nova pergunta surgiu em minha mente: Será que era essa a vida que eu queria para mim? Será que eu realmente estaria disposta a sofrer dessa forma, em nome de um amor?

Jéssica Miriele Machado
              2011, 23 de Janeiro               

domingo, 23 de janeiro de 2011

“Em busca"


                                                           A procura de apenas um rosto.
Em busca de apenas um olhar.
Meus olhos asseiam por ver a tua face.
Te busco e tu se escondes.
Sei meu bem, que tua intenção jamais foi magoar-me.
Mas hoje, rastejo-me para a vida que outrora tivemos.
Onde meus olhos encontravam os teus
Onde Te tinhas ao meu lado e passeávamos de mãos dadas!
O tempo tem passado e com ele um misto de desespero e esperança tem me tomado.
E se tudo acabar?
E se todos os planos que fizemos um dia não tenham passado de chamas que a chuva apagou? 
Não me entenda mal meu amor,
Jamais duvidei de ti, jamais duvidarei do amor que jurastes a mim.
Mas se tudo apenas acontecer? Sem que ao menos tenhamos maldade
Se simplesmente a vida te separe de mim?
Não suporto essa ideia!
Ah meu querido, mas quando ouvi a sua voz
Senti-me tão viva! E por alguns instantes segura.
Quando sua voz soou em meu ouvido, o medo foi embora, já não havia mais espaço para a dor em meu peito!
Senti-me tão boba, como apenas 1 telefonema conseguira iluminar o que outrora era apenas escuridão ?
  E quando o medo se vai, começo a sonhar com coisas futuras e não apenas me perder em devaneios a tua procura.
Sonho em estar ao teu lado.
Sonho em poder sentir a tua “alma”, sem medo, sem culpa.
Em estar contigo e cometer loucuras devido aos meus impulsos, sonho sim, em te ver sorrindo e me dizendo o quando sou descontrolada, e que ama tudo em mim!
Sonho até mesmo com as nossas gargalhadas depois de uma briga!
E sabe, quando o medo se vai “viver” se torna algo mais fácil sem tua presença corpórea aqui, pois o medo não sufoca a certeza que somos apenas um.
E que independente do tempo que eu fique sem te ver, sempre estarei te sentindo dentro de mim como na primeira vez em que nos rendemos a essa maravilhosa conclusão que não existimos mais sozinhos.
Somos muito mais que um casal, muito mais que uma dupla, muito mais que 2 corações apaixonados, muito mais do que Eu &Você.
Somos apenas um, unidos em um só coração e hoje não existe mais a Jéssica como uma pessoa isolada ou o Wendel, mas sim a 
Jéssica wendel manifestando-se em dois corpos diferentes
Eu sei que com o passar das horas que escrevo essas palavras, minha busca por teu rosto,por tua voz, por teu cheiro voltará a me acompanhar, e buscarei em fotos, vídeos e até mesmo na sua camisa usada resquícios de tua presença. Mas por apenas capricho ou fraqueza porque sei que a maior presença tua que posso encontrar se faz presente bem aqui, do lado esquerdo de meu peito.
      Jéssica Miriele Machado
2011, 19 de janeiro

“A deriva II"

Parte II – “O sonho”
5 dias já se passaram desde que ele se foi. Sinto-me em meio á um deserto em uma noite de tempestade, minhas mãos voltaram a ser tremulas e eu sinto a luz cada vez mais distante de mim. Pensamentos me invadem sem que eu deixe-os entrar em minha mente, o cheiro de sua pele sopra em minhas narinas como uma leve brisa na qual sou envolta em desejos e sonhos sobrenaturais.
Como eu anseio por sua presença.
A angústia me consome a cada momento que o telefone toca, e eu descubro que não é ele que está do outro lado.
Estou presa em teias de lembranças das quais não quero me soltar, pois a verdade é que hoje sou um barco a deriva no mar em busca de um farol que possa guiar-me de volta pra casa.
Certa vez eu li, que o som emitido pelos faróis atravessam as espessas neblinas para chamar a atenção dos navegantes perdidos. Como eu desejo ouvir a voz do meu amado!
Como eu anseio estar de volta ao início.
Porque ouvir sua voz tornou-se tão difícil?
Lembro-me que “ontem” a ouvia sem motivos, sem razões apenas por puro capricho, hoje ouvir-te tornou-se necessidade.  
Minhas noites têm feito parte de um pesadelo que parece não ter fim, sonhos obscuros perturbam-me.
Na noite passada sonhei com a nossa aliança, no sonho eu à olhava em minha mão e a via amassada,cheia de arranhões e partida ao meio.
Mas apesar do seu estado material deplorável, ela não se soltou de meu dedo, continuava ali firme, mesmo machucada.
Ao despertar deste sonho pensei em mim, nele, em fim pensei em nós!
Este ano pode reservar surpresas para nós, podemos nos machucar, nos arranhar podemos até mesmo quase nos partirmos, mas no final sempre o que permanecerá será o nosso amor nos mantendo unidos aonde quer que estivermos.


Jessica Miriele Machado 
2011, 12 de Janeiro

“A Deriva"

Parte I
Após adormecer com lagrimas caindo pelo meu rosto, mesmo contra a minha vontade, acordei numa subida onda de pranto, as lagrimas rolavam e molhavam a minha face, já quase desfigurada. Pensamentos me assombravam, meu coração àquela altura já estava dominado pela ausência e pelo medo. Medo de que?
Medo de que aqueles poucos instantes que me restavam fossem os últimos que passaria ao lodo do meu amado, medo de que com o tempo minha presença em seu peito fossem apenas resquícios de um tempo que passou.
Contava os tiques do relógio, ansiava pelo seu despertar. E entre um pensamento e outro meus olhos denunciavam a dor que eu tentava esconder.
8h da manhã a porta do quarto se abre, busco forças dentro de mim para controlar a tormenta que havia se armado dentro de meu peito; olhei em direção à porta e lá estava ele; um tanto desajeitado e estranho naquele short azul que eu não suportava, seu rosto completamente amassado, mas mesmo assim eu conseguia ver o nervosismo refletido em seu semblante.
Ao se aproximar, num sussurro não tão sutil- sutileza nunca foi algo que pudesse se esperar dele afinal ele era o meu ogro, é foi nessa situação que eu sempre o amei - ele perguntou:
- Você está chorando?
Entre soluços eu tentava balbuciar uma resposta
- Não! – Eu respondi num tom quase fúnebre 
E ali ficou ele fitando-me enquanto o choro não cessava
Tentando mostrar-me forte perguntei:
- Você não vai se atrasar, você ainda tem que terminar de arrumar a mala
Ele respondeu:
- Ainda tenho tempo, quero ficar com você. Para de chorar, por favor! Me abraça ?!   
Pensei por alguns segundos, e o abracei o mais forte que pude, como resposta ele aperto-me forte também! E com um grito eu Falei:
- Ai amor assim você vai me esmagar!!
Ele respondeu:
-Promete que vai me esperar?   
Sem ao menos pensar nas conseqüências da minha resposta, disse sem pestanejar:
- É claro que sim!
Era estranho como tudo acontecia, quando eu estava com ele eu tinha tanta certeza da força do nosso amor, ele me passava confiança e quando eu o olhava sentia que por mais difícil que fosse à missão de esperá-lo eu suportaria. Quando eu estava ao se lado eu tinha certeza que não haveriam mudanças no nosso relacionamento, e acreditava que em breve estaríamos nos casando por mais precipitada que essa idéia fosse. 
Mas quando eu me encontrava perdida em meio ao meu mundo de pensamentos, o medo me corroia, a possibilidade de ver-me sozinha dilacerava-me, ficava imaginando o que eu faria sem ele, nunca havia me sentindo tão perdida como naquele momento.
Será que eu suportaria? Será que ele ainda me amaria amanhã? Será que ele ainda teria paciência para me entender? Será que ele iria mudar?
Todas essas perguntas me assombravam, e eu sabia que apenas o tempo iria poder respondê-las.
O que havia sido reservado para o nosso futuro?
À única coisa que eu sabia naquele momento é que eu amava tudo naquele garoto, e isso me assustava de uma forma medonha.
    Jéssica Miriele Machado 
2011, 10 de janeiro
                  

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Música de uma noite sem sono.

"Eu não posso ir ao oceano
Eu não posso dirigir pelas ruas à noite
Eu não posso acordar pela manhã,
Sem você na minha mente
Então você se foi e eu estou assombrada
E aposto que você está bem
Eu facilitei pra você
Entrar e sair assim da minha vida?"
  
Almost Lover - A fine frenzi