quinta-feira, 24 de março de 2011

“Noite sem fim.”

Em pé, sob apenas a luz do luar, eles se amavam.
Suas mãos deslizavam sobre o seu corpo, como se naquele momento ele fosse o artista e ela a tela.
Ela podia sentir as batidas de seu coração, e um filme passava em sua mente.
Como aquele momento havia sido esperado e sonhado por ela
E agora ali parada, em estado de transe, ela implorava por não ser despertada
Ao som de uma música leve eles arriscavam balanços soltos, desapegados e desinibidos.
Ele sussurrava em seu ouvido o quanto a amava.
E naquele instante eles pertenciam um ao outro.
Lágrimas rolavam do rosto dela, o quanto ela havia sofrido, quantas noites ela havia passado apenas na companhia de seus soluços de desespero
E agora ali estava ele em pé a sua frente, com os braços envoltos em seu corpo
Sim, o tempo poderia ter parado naqueles momentos.
Mas não parou.
E hoje novamente ela chora, mas de um jeito diferente.
O que outrora era desespero e egoísmo se tornara lágrimas de confiança em um amor que nem mesmo a distância será capaz de enfraquecer.

Jéssica Miriele Machado
16 de Março, 2011

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